30/07/2010

Bleach Dark Souls: Game Nintendo DS Análise

logo boxshot_uk_largeDark Souls é, na sua génese, uma sequela de Blade of Fate lançado para a DS no já distante  ano de 2007, altura em que já almejava tornar-se um dos melhores dentro dos Fighting Games para a portátil da Nintendo. A grande novidade havia sido o seu visual bem detalhado, aliado a um sistema de combate completo e variado, que conseguiu não só agradar os fãs da série como também os amantes do género. Dark Souls vem agora dar continuação ao legado implementando algumas melhorias a nível de grafismo e jogabilidade, mas também oferecendo uma história completamente nova e um elenco renovado que conta com cerca de 40 personagens.

Na realidade esta sequela foi lançada lá por terras do tio Sam no final do ano passado e, como já vem sendo habitual, muito antes ainda no Japão. Mas será que este atraso resultou na implementação de novidades? Não. Na realidade existiu até mesmo um retrocesso no que toca a modos de jogo, pois olhando para este pacote rapidamente se nota a falta dos já habituais modos Survival e Time Atack, que ao que se sabe terão mesmo constado nas restantes versões. De qualquer forma, Bleach DS oferece uma lista de modos e opções de jogo capazes de colmatar a falta dos modos anteriormente citados, tornando-se até um dos pacotes mais completos que já vi dentro do género.

Colocando de parte o estatuto de “jogo especialmente dedicado aos fãs” que desde logo tem inerente, Bleach consegue até facilmente ser um Beat’em’Up acessível a todos. Para isso contribuem factores como a sua jogabilidade de fácil acesso que procura até alcançar uma certa semelhança em relação a jogos como Street Fighter, ou tantos outros, no que toca à realização de ataques.

Video Game nintendo DS Bleach dark Soul

Ao mesmo tempo a produtora Treasure tenta criar um jogo acessível a todos os amantes da série que nem por isso têm tanto jeito para os Fighting Games, disponibilizando à distância de um toque uma lista de Combos e ataques especiais no ecrã táctil. Basta tocar no truque desejado e a personagem de imediato o perfaz. Mas lá está, para os puristas utilizar esta opção será quase como fazer batota.

O que não tanto estará ao nível dos não seguidores da saga será o modo história que apresenta aventuras indirectamente ligadas à série televisiva. Entrar neste enredo sem conhecer o mínimo que seja da série irá valer-vos uma voltinha ao carrossel da ignorância, e nisso falo até por experiência própria. Mas até eu que sou de certa forma um forasteiro neste mundo, consegui facilmente entrosar-me com algumas personagens, pois através dos seus diálogos facilmente se percebe aspectos das suas personalidades, e isso é algo que certamente irá agradar aos fãs.

Enquanto percorrem o modo história irão jogar na pele de Ichigo, ainda que ocasionalmente possam vir a controlar outras personagens. Na sua maioria as missões baseiam-se em combates, mas existem também alguns mini-jogos onde deverão coleccionar diversos itens, responder a questionários, salvar personagens ou uma série de outras coisas. Sim, variedade não falta.

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Ainda assim não é um modo que prima exactamente em originalidade. Inicialmente irão andar até mesmo de um lado para outro sem que exista realmente um propósito válido ou de grande fundamento. A aventura real começa quando os Hollows se soltam e a partir daí terão que os derrotar e aprisioná-los, mas até que isso aconteça existe um grande período de falas e devaneios que no fundo não servem para nada. Ao longo do modo história ganham Kan (o dinheiro lá da zona) que pode ser gasto na loja do Urahara. Adicionalmente poderão ainda ganhar personagens e cartas espirituais em missões específicas.

As cartas espirituais são uma espécie de boost para as vossas personagens. Cada carta baseia-se em personagens da série e afectam o jogador (ou jogadores) de acordo com os poderes a que se referem. Podem baixar ou aumentar o poder espiritual ao jogador ou a todos os jogadores em campo, por exemplo.

As cartas podem ser compradas ou recebidas, e para as organizarem deverão aceder ao modo Deck Construction que vos permite organizar baralhos de acordo com os vossos gostos, seja de uma perspectiva mais atacante ou defensiva. As cartas podem ser utilizadas a qualquer altura, seja no modo aventura ou no modo Arcada. O modo Arcada pouco ou nada têm a oferecer, sendo que o principal interesse de o realizarem irá basear-se na vossa necessidade de rentabilizar uns trocos.

Bleach: Dark Souls é uma daquelas experiências altamente reconfortantes do ponto de vista visual e auditivo. Num ecrã tão pequeno é possível jogarem até 4 pessoas, seja localmente, através da partilha de jogo ou Online. Com isto, cria-se uma algazarra no ecrã que deixa qualquer um boquiaberto. Mesmo colocando de lado a quantidade de personagens existentes, Bleach DS apresenta ainda uma lista de ataques altamente variados e diferenciados para cada uma das personagens, criando cenários de combate incríveis. Os ataques vão desde o normal em 2D até ataques em 3D com personagens a ocupar todo o ecrã; causando o caos. O som é aquele a que já estão habituados. Música mais pesada, seja em alguns menus ou mesmo durante os combates. A quantidade de falas para cada personagem é simplesmente incrível.

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Jogando Online podem combater em equipa ou sozinhos até um total de 4 pessoas, seja em batalha de sobrevivência ou batalha de pontos, na qual o que realmente conta são os pontos ganhos em golpes durante a luta. Podem criar o vosso emblema, bater um papo com o pessoal ou ainda verificar a vossa posição nas tabelas de Ranking. Pena que parece impossível encontrar alguém para jogar nos dias de hoje. Existem jogos na DS que para serem jogados Online quase é necessário fazer marcação, e isso é uma pena. Especialmente quando apenas podemos fazer contas com a população Europeia, pois os Americanos e Japoneses há muito o devem ter encostado.

Tal como já tinha dito, têm ainda a loja do Urahara. Caso sejam fãs da série acreditem que vão passar aqui muito tempo pois podem comprar uma infinidade de artigos, desde vozes e falas das personagens para ouvirem na galeria, bem como galerias de imagens ou ainda novas roupas. Apenas se deverão perguntar a vós próprios o quão interessados estão em jogar para ganhar dinheiro, e ganhar dinheiro para gastar na loja, e gastar na loja para depois ver na galeria. A galeria apresenta adicionalmente uma série de termos relacionados com a série e informações ligadas às personagens, tais como o peso, idade e a informação necessária para saberem como surgiram na série. É o que digo, só pela quantidade de informação, Dark Souls é uma bíblia digna de pertencer aos bolsos das calças de qualquer fã.

Contas feitas, Dark Souls é mesmo um excelente Beat’em’Up seja a nível de acessibilidade ou até mesmo de variedade, graças às 44 personagens disponíveis e respectivos ataques. O modo Arcada tem um baixo valor de repetição pois o seu principal objectivo passa apenas por ganhar dinheiro, enquanto o modo história, mesmo apresentando alguma variedade, tende a tornar-se monótono devido às alongadas falas. Se olharem para o pacote como um todo, verão que o melhor do jogo é precisamente o seu sistema de combate e a diversão que poderão obter ao jogar com amigos, ou caso tenham a sorte de entrar num combate Online. Os mais fanáticos na série deverão encontrar na loja do Urahara uma entretenha para longas horas.

Post Editado por Felipe Ichigo. . .   Análise por Ricardo Madeira

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